Atualmente, a ciência forense se utiliza de diversas técnicas de análise de DNA que foram desenvolvidas ao longo dos anos.
A aplicação de todas elas, porém, depende de uma coleta eficiente do material genético.A eficiência da coleta de amostras é uma das etapas mais importantes em uma investigação envolvendo genética forense. Amostras físicas e biológicas que não são coletadas, documentadas e preservadas de modo apropriado não permitem obter bons resultados ou não possuem valor científico em investigações criminais (PARADELA et al., 2001).
Fluidos biológicos normalmente contêm
células, podendo ser usados como fonte de DNA. As amostras mais comuns são:
sangue, suor, pêlos, saliva, urina, sêmen, ossos, unhas, pele, fezes, entre
outros (DOLINSKY & PEREIRA, 2006).
O método de coleta dependerá do estado e condição
das amostras, devendo-se coletar uma quantidade significativa. Considera-se
também que as amostras de DNA podem sofrer alterações que afetam a cadeia de
nucleotídeos, modificando assim sua composição e estrutura, o que impossibilita
o uso da amostra. Para que isso não ocorra esta deve ser mantida em ambiente o
mais frio e seco possível, evitando que sua atividade biológica não seja
perdida (SILVA & PASSOS, 2006).
O diagrama abaixo apresenta as diferentes
formas de coleta de amostras para fins de investigação do conteúdo genético.
Métodos
de Análise
Polimorfismo: marcadores VNTR e STR
Os
polimorfismos de comprimento incluem regiões que se repetem no DNA genômico e
são chamados de microssatélites (STRs) e minissatélites (VNTRs), sendo estes os
mais usados na atualidade. A investigação pode ser realizada através de sondas
de DNA ou pela técnica de PCR. (DOLINSKY & PEREIRA, 2006).
O número de
repetições de regiões específicas do DNA é algo particular de cada indivíduo,
semelhante a uma impressão digital.
Desta forma, estes métodos (VNTR e STR) visam analisar a quantidade de
repetições de um determinado gene e comparar a compatibilidade entre as
amostras recolhidas.
Os VNTRs (do
inglês, Variable Number of Tandem Repeats) são seqüência curtas de bases que
ocorrem em números variáveis dentro do grupo de repetições in tandem (MUNIZ
& SILVA, 2010). O número de repetições encontradas varia de um local para
outro dentro do genoma, e também varia entre indivíduos, podendo assim ser
diferenciados pelo comprimento de sequência VNTR do DNA (DOLINSKY &
PEREIRA, 2006).
Os STRs (do
inglês, Short Tandem Repeats) são nucleotídeos alinhados, em curtas repetições,
organizados em
sequência. Estes são trechos de DNA constituídos em unidades
repetidas de dois, três ou quatro nucleotídeos e localizados dentro de regiões
de seqüência única com número menor do que 100 pares de nucleotídeos (MUNIZ
& SILVA, 2010). Cada região genômica que contêm determinado número de
repetições de uma sequência constitui um loco genético, que varia entre os indivíduos
e também é multialélico. (DOLINSKY & PEREIRA, 2006).
O que difere
entre os VNTRs dos STRs é o tamanho, ou seja o número de bases, sendo que os
STRs contém poucos pares de bases. Esta característica permite que sejam analisadas
quantidades mínimas de DNA, enquanto que para a análise dos VNTRs é necessário
maior quantidade e qualidade do DNA, sendo por isso, mais utilizado para
investigação forense quando só se encontra vestígios de DNA (MUNIZ & SILVA,
2010).
Marcador de
mDNA
O marcador de
DNA Mitocondrial (DNAmit) é utilizado quando o material biológico está muito
danificado ou quando não é possível extrair DNA nuclear. Essa técnica consiste
no sequenciamento de determinadas regiões de DNAmit, que variam de uma pessoa
para outra e que são transmitidas pelas mães para os filhos. O DNAmit está
presente em todas as células, tendo assim menor risco de degradação em relação
ao DNA nuclear (SANTOS & SANT´ANA & ALVES, 2005).
PCR
A reação de PCR é uma técnica qualitativa bem simples onde moléculas de DNA ou DNA complementar são amplificadas milhares de vezes de uma forma bastante rápida (DOLINSKY & PEREIRA, 2007). O método é programado para permitir a amplificação de sequências-alvo de DNA definidas, presentes em uma preparação de DNA. Para que tal amplificação seja possível, precisa-se de algumas informações previas a respeito das sequências-alvo, que serão utilizadas para desenhar dois oligonucleotídeos iniciadores, denominados primers, e que são específicos para a sequências-alvo apresentando cerca de15 a 25 nucleotídeos de extensão (KOCH &
ANDRADE, 2008).
A reação de PCR é uma técnica qualitativa bem simples onde moléculas de DNA ou DNA complementar são amplificadas milhares de vezes de uma forma bastante rápida (DOLINSKY & PEREIRA, 2007). O método é programado para permitir a amplificação de sequências-alvo de DNA definidas, presentes em uma preparação de DNA. Para que tal amplificação seja possível, precisa-se de algumas informações previas a respeito das sequências-alvo, que serão utilizadas para desenhar dois oligonucleotídeos iniciadores, denominados primers, e que são específicos para a sequências-alvo apresentando cerca de
Eletroforese
É uma técnica muito
utilizada para visualização e separação de moléculas de DNA. Esta técnica
separa moléculas de DNA de acordo com o tamanho (massa), forma e compactação. O
DNA migra, em géis de agarose ou acrilamida (que funciona como um suporte), por
uma corrente elétrica, que varia em diferentes perfis eletroforéticos, que
dependem do seu tamanho e forma.
Quanto maior a molécula, maior o atrito e mais lenta a migração, portanto, moléculas de tamanhos diferentes terão migrado uma distância diferente depois de algum tempo (KOCH & ANDRADE, 2008).
Muito boa as informações, bastante explicativo e didático !! Parabéns !
ResponderExcluirVocê tem o link dos livros o qual tirou as informações ? fiquei interessada. Se poder enviar o link por aqui agradeço.
Quer algo valido cientificamente?
ExcluirProcure por "DNA fingerprinting in anthropological genetics:
past, present, future". Os autores são Michael H Crawford and Kristine G Beaty. Essa reportagem ai desse site é coisa de superinteressante, nao vale nd.
Interessante mas n tem as referencias, o que torna cientificamente questionavel. Fui procurar uma das referencias, MUNIZ & SILVA (2010), e achei algo da PUC de Goias . Procurei pelo lattes do autor e não achei nada relevante cientificamente.
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